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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Medidas e Avaliação?


Quando eu me formei em Ed. Fisica, já trabalhava com um segmento dentro da área que era o de Avaliação Física. Naquele momento não se falava muito no assunto, pois os treinos eram (acho que na maioria das academias ainda são) montados na base do empirismo. Travei então uma árdua batalha, montando laboratórios em academias e clubes, ensinando a importância dos testes para outros professores e assim podemos ver hoje em dia que todas as academias já contam com o seu departamento de avaliação.
O que isso tem a ver com esse blog, que é voltado aos músicos e apreciadores de instrumentos e música?
Não é segredo que tenho andado na direção do ofício de luthier. Ainda estou engatinhando, dando os meus primeiros passos na B&H, mas como sou um cara curioso, tenho participado de fóruns nacionais e internacionais, me associei à Guild of American Luthiers e adquiri vários livros americanos sobre regulagens básicas da guitarra, assunto esse que vem despertando meu interesse. Após algumas pesquisas, percebi que os americanos e europeus tem uma abordagem muito interessante sobre a regulagem (altura das cordas, curvatura do braço, altura dos captadores, da ponte, relief). Eles medem tudo e fazendo isso, conseguem ter um padrão verificável através dessas medidas se o instrumento está regulado ou não. As fábricas (Fender, Gibson, Martin, etc.) possuem padrões de medidas para cada modelo e ano de fabricação. Logo, o processo de regulagem de um instrumento não deveria ser como é apregoado por aqui e como era norteada a atividade física há dez anos atrás, na base da bruxaria e do misticismo.
Creio que a atividade de Luthieria que envolve a construção depende 100% do talento do construtor e de sua habilidade manual, pois não é fácil transformar um bloco de madeira em um instrumento musical. Agora, o processo de regular um instrumento poderia passar por uma campanha aqui no Brasil de Medidas e Avaliação em Guitarras e Outros Instrumentos de Corda.

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